domingo, 27 de dezembro de 2009

Elizabethtown - capitulo 7


- Porque mais uma vez alguém que eu amo muito foi embora, mas eu já estou acostumada - disse lutando para que minhas lágrimas não marcassem o meu rosto novamente.
- Eu sinto muito - ele sussurrou em meio a uma abraço - mas você não está sendo um pouco dramática?
- O que? - eu sai dos seus braços.
- É, já está acostumada? Você é tão amada por todos e as vezes surgem imprevistos sabia? - disse com expressões de medo, talvez medo de me magoar.
- Eu sei disso, mas uma pessoa que eu amava mais que tudo e meu melhor amigo foram embora sem explicação e motivo algum, e isso dói sabia?
- Sim, eu sei, minha mãe morreu no meu parto e meu pai se matou, moro com meus avós aqui, eu já te disse que não nasci aqui, né?
- O que, eu não sabia dos seus pais, eu sinto muito - agora a luta era contra as minhas lágrimas cada vez mais forte.
- É, eu acho que meu pai se culpava pela morte da minha mãe e não conseguiria viver com esse fardo, mas não o culpo, e nem a mim mesmo, essas coisas acontecem, mesmo eu não tê-los conhecido, eu sinto falta, falta das figuras paterna e materna.
- Eu sinto muito, de verdade, não sabia disso - disse chorando muito, mais uma vez as lágrimas tinham vencido-me - eu sei o quanto isso dói, minha mãe foi assassinada há três anos.
- Isso é pior, assassinato é mais difícil, eu acho - disse me dando um abraço que me confortou demais.
- Não sei o que é pior, mas a falta que eu sinto dói muito, dia-a-dia fica mais forte.
- É, para mim não tanto, eu não os conheci, e já fazem 15 anos né.
- Isso não importa agora, não quero falar disso agora.
- Tudo bem, mas por que seu amigo foi embora?
- Não sei ao certo, apenas sei que os pais dele descobriram que ele vira aqui para me ver e não para estudar, e foi embora.
Conversamos muito, rimos, choramos, nos abraçamos e andamos.
- Posso te mostrar uma coisa? - perguntou ele se pondo a minha frente em um pulo e estendeu sua mão.
- Claro - peguei sua mão dando-lhe um sorriso.
Ele me mostrou uma linda paisagem nos sentamos em um muro de pedra e esperamos o sol se por em silêncio, aquele silêncio falou mais do que qualquer palavra, aquilo não poderia estar acontecendo.

Você nunca me perguntou o que eu queria para ser feliz. Eu só queria você ao meu lado, você, mas e você não se importava comigo não é? Você chegava em casa e nem ao menos perguntava se eu estava bem, o que eu tinha feito naquele dia de calor intenso, você apenas me dava boa noite, um beijo na testa e só. O cansaço de tudo isso, dessa rotina monótona e depressiva, me fez ir embora, me fez ir para longe de você, de seus passos e de seus antigos abraços. Agora eu sorrio, lembrando do que costumávamos ser, sorrio porque agora encontrei a real felicidade, mesmo longe de você.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Elizabethtown - capitulo 6


- Você nunca mais vai ter com que se preocupar, querida, eu sempre te protegerei, onde quer que eu esteja, onde quer que você esteja – disse ela, tão bonita, acariciando meu rosto com a ponta de seus dedos.
- Mas dói muito mãe – disse com dificuldade em meio de soluços – nunca pensei que doesse tanto assim.
- Não vai mais doer filha, ele não fez por mal, ele apenas quer cuidar de você.
- Eu sei, não estou brava com ele, mas mesmo assim dói, muito – não hesitei e continuei chorando pronunciando palavras um tanto quanto ininteligíveis - como se eu soubesse que alguma coisa me machucou por dentro, talvez o meu coração.
Ela me abraçou com delicadeza, beijou minha testa e disse que precisava ir.
- Não, por favor, não vá embora – disse gritando até que me vi acordada e chorando muito.
Saí correndo para o quarto do Fe, abri a porta de supetão o fazendo acordar de susto.
- Que foi Duda? O que houve, você está bem?
- Não, sonhei com a mãe, foi terrivelmente bom, eu acho.
- O que? Como uma coisa pode ser terrivelmente boa?
- Por que você contou para o Joe como eu estava?
- Eu estava preocupado e não sabia o que fazer, me perdoa.
- Sim, é claro que perdoou, mas você tinha que ter me avisado, bom, isso não importa mais.
Ele me abraçou forte, ao contrario de minha mãe, me aconchegou em sua cama e mexeu em meus cabelos até eu dormir.
No dia seguinte liguei para Joey para me desculpar.
- Olá, bom dia, podemos conversar? – perguntei muito constrangida e culpada.
- É claro que sim Duda, também preciso falar com você – disse rindo vagarosamente.
Nos encontramos na praça, perto da minha casa, primeiro nos cumprimentamos e ficamos calados até eu romper o silencio entre nós.
- Bom, eu não sou muito boa com desculpas, mas você me perdoa?
- De que?
- Do meu comportamento totalmente infantil ontem – respondi totalmente envergonhada e cabisbaixa.
- Não precisa, eu te entendo, eu deveria ter te contado antes, eu menti e isso não se faz né?
- Se você quiser voltar para Louisville, tudo bem, eu vou ficar bem.
- Bom, eu preciso falar uma coisa com você.
- Pode falar – disse sorrindo.
- Meus pais me ligaram e disseram que eu terei de voltar para casa.
- Hey, não fique triste, não por mim, eu ficarei bem, de verdade – disse tocando o ombro dele e sorrindo.
- Mas eu não quero te deixar – disse deixando algumas lágrimas indesejadas rolar sobre sua face gélida com expressões tristes.
- Você nunca vai me deixar – enxuguei suas lágrimas tentando consolá-lo – você sempre poderá vir aqui, e qualquer dia vou para Louisville.
- Eu vou agora.
Nos abraçamos e choramos, mais uma despedida para nós, dissemos "até mais ver", para não parecer uma despedida duradoura. Levei-o até a casa de seus avós e ele partiu. Voltei para casa,chorando muito, no caminho encontrei Guilherme e ele me perguntou por que eu estava chorando, começamos a conversar, ali mesmo, no meio de uma rua, como se houvesse perigo em uma cidade tão pacata.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Mais um sonho que se tornou realidade


Bom, para mim não adiantaria escrever uma carta quilométrica quando o que eu sinto é indescritível, mas eu vou tentar falar disso.

Acho que escrever uma carta imensa e uma pequena não faz tanta diferença quando eu quero expressar o amor que eu sinto pela banda MASH. A banda não é tão nova assim, existe há cinco anos, mas eu conheci já na formação atual. Desde a primeira vez que os ouvi, eu me “apaixonei”, a música toca na alma, ou alguma coisa que nos dá uma sensação muito boa, de verdade. Eu conheço desde setembro, ou por volta desse mês. Uma amiga me mostrou um vídeo do Victor Olivatti (vocalista atual da MASH) cantando Hello Beautiful (como cover dos Jonas Brothers), ele cantou muito bem e eu gostei bastante, então ela me falou que ele era vocalista de uma banda, interessada eu perguntei o nome e pesquisei, fui ao myspace deles, ouvi as músicas e foi incrível, as músicas eram lindas, eles tocavam/cantavam muito bem. Iria no dia 14/11 ter dois shows na minha cidade e eu iria, mas surgiu uma viagem e eu teria que ir, fiquei muito triste e tal, mas – graças a Deus – abriu um show deles dia 01/11 e eu fui. Foi incrível, um sonho, eles foram simpáticos, atenciosos e muito legais, foi mesmo incrível, eu postei sobre esse show aqui.

No dia 28/11 houve outro show deles perto da minha casa, e é claro que eu fui, mas não escrevi aqui. Estava mais cheio, mas mesmo assim foi ótimo, todos os shows são como sonhos, não parece que está acontecendo, eu peguei – com muita dificuldade – a única palheta que o Uriel (guitarrista) jogou para a platéia uhuul.

Terça-feira (15/12) foi um dos shows mais esperados, o lançamento do primeiro EP. Eu, eufórica como em todos os shows, ansiei demais por esse dia e sem duvidas foi ma-ra-vi-lho-so. Eles autografaram o meu EP e tiraram fotos. Duas meninas, fizeram uma homenagem a eles muito emocionante, eu chorei demais, foi linda mesmo. O Gustavo Cardim (baixista) na hora dos autógrafos, segurou na minha mão – que tremia descontroladamente – e disse: “ Não chora tá?” Eu quase morri, foi lindo.

Bom, eu não tenho palavras nenhuma para descrever o amor imenso que eu sinto por vocês, eu só tenho a agradecer por vocês existirem e por estarem tocando, e eu amo demais vocês, e quero que vocês façam muito sucesso, torço muito por vocês, vocês merecem. Eu até poderia querer que não, por não ter posers e ter shows menos lotados, mas eu realmente acho que vocês devem lotar casas imensas e ter muitas/muitos mais muitas/muitos fãs.

AMO VOCÊS INCONDICIONALMENTE E IREVOGAVELMENTE.

* O show foi insano, eles são uns amore.
* O Pedro Sattin é um amor e um ótimo fotógrafo.
* No primeiro show peguei um pedaço da baqueta do Gudino, e no segundo a palheta do Uriel, no terceiro o EP e uma camiseta.
* O Gabriel e o Enio são lindos e muito simpáticos, os outros produtores também, mas eu não sei o nome deles D:

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Elizabethtown - capitulo 5


Bom, eu estava realmente com muita sorte, o garoto popular "gostava" de mim, meu melhor amigo tinha se mudado pra mesma cidade - fim de mundo - que eu, e estava ficando muito amiga do Guilherme. Achei até um pouco estranho essa maré repentina de sorte, mas como uma pessoa qualquer eu estava aproveitando, nunca tinha muita sorte mesmo, um pouco não iria fazer mal - eu acho.
- Então Joe, você vai estudar aqui mesmo ou na cidade vizinha?
- Aqui mesmo, com você.
- Que bom - disse sorrindo, muito feliz.
- Duda, eu fiz chá, vocês querem? - Fe gritou da cozinha.
- Sim estou indo pegar - gritei, respondendo-o.
Desci as escadas correnso em direção a cozinha e escorreguei - era um pouco descordenada - no tapete que havia na porta do banheiro, a caminho da cozinha. Coloquei o chá em uma bandeja com alguns biscoitos. Subi as escadas com muito cuidado para não derrubar nada, quando cheguei na porta do meu quarto, ouvi Joey no telefone e resolvi não entrar para não atrapalhá-lo.
- Mãe, ela é minha melhor amiga e não vou deixá-la sozinha - ouvi a voz dele exaltada citando-me na conversa - a mãe dela morreu e ela está sozinha na cidade, eu não vou voltar pra casa.
- Eu disse que vim morar com meus avós porque você e o papai estavam na Europa a trabalho - houve uma pequena pausa - não, eu não tenho vergonha de mentir pra ela, eu vou ajudá-la, ela precisa de mim - disse desligando o telefone.
Entrei no quarto alguns segundos depois, pus a bandeja em cima da minha mesa e indaguei-o:
- Por que você mentiu pra mim?
- O que? - ele disse assustado - eu não menti pra você - disse desviando o olhar.
- Sim, você mentiu. Você não está aqui porque seus pais estão na Europa.
- Duda, olha, eu quero te ajudar e você está muito mal, o Fe me ligou e disse que te ouvia chorar a noite depois de supostamente falar com sua mãe, ele estava preocupado e não sabia o que fazer, então eu vim pra cá.
- O que você quer agora? Perdão?
- Não, eu quero compreensão.
- Tudo bem, vou dá-la a você, mas eu posso ficar sozinha agora?
- Claro, mas por favor me entenda.
- Sim, depois a gente conversa, eu te ligo amanhã.
- Sem problemas, até amanhã então - disse me dando um beijo na testa e pegando sua jaqueta de couro preta que estava em cima da minha cama e foi embora.
Na hora comecei a chorar, muito, afinal não podia nem mais confiar tanto assim no meu melhor amigo, tinha cabdo de mentir pra mim, e minha maré de sorte? É, acho que ela se foi, pra bem longe, as coisas apenas começavam a piorar.
Algumas vezes você tinha pesadelos, e algumas sonhos lindos, mas nenhum durava pra sempre, você sempre acordava, por mais que você queria que ele durasse.
Deitei em minha cama, me cubri até a cabeça, e comecei a falar com a minha mãe, dormi algum tempo depois. Sonhei com minha mãe, quando eu era pequena. Mas o meu pesadelo real, estava apenas começando.

With a little help from my friends


Foi uma noite perfeita, um ano perfeito - em termos -, uma fase perfeita. Vocês entraram pra história da minha vida, agradeço a todos vocês por tudo, vocês foram/são importantes pra mim, e agradeço a Deus por ter colocado nós no mesmo caminho. Eu sabia que acabaria esse ano e vou sentir falta de todos vocês, até de quem não era meu amigo. Parabéns formandos do nono ano, a gente conseguiu, não estamos/estávamos juntos à toa.

"Oh, consigo com uma pequena ajuda de meus amigos
Eu me ponho alto com uma pequena ajuda de meus amigos
Tentarei com uma pequena ajuda de meus amigos
Sim eu consigo com uma pequena ajuda de meus amigos
Com uma pequena ajuda de meus amigos"

"Se lembra quando a gente

chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
sem saber
que o pra sempre
sempre acaba

Mas nada vai conseguir mudar
o que ficou
Quando eu penso em alguém
só penso em você
E aí, então, estamos bem

Mesmo com tantos motivos
pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar,
agora tanto faz...
estamos indo de volta pra casa"

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Elizabethtown - capitulo 4


Ótimo, uma visita a essa hora, nesse exato momento seria ótimo, eu precisava ficar sozinha. Subi as escadas em um desanimo profundo, além de estar cansada eu não queria conversar com ninguém. Abri a porta devagar e me deparei com uma pessoa sentada no meu divã, ela estava de costas.
- Olá? - eu disse com entonação curiosa.
- Olá - ela disse mudando a voz, talvez para eu não reconhecer.
- O que você quer? - eu disse um pouco estúpida, afinal tinha uma pessoa desconhecida no meu divã.
Ele se virou vagarosamente e disse com voz de decepção se levantando:
- Isso é uma recepção adequada Maria Eduarda?
- Joey! - eu quase gritei o nome dele e corri para abraçá-lo.
- Eu tava com tanta saudade Duda - disse me abraçando forte e beijando minha bochecha consecutivamente.
- Eu também - retribui os beijos - mas o que você está fazendo por aqui?
- Bom, além de vir te visitar eu vim morar com meus avós por um tempo enquanto meus país viajam, eles vão ficar fora por um bom tempo.
- Ah que bom, ou não - disse confusa - mas me conta as novidades - disse sentando no divã e o fazendo sentar também.
- Ah, o de sempre, terminei com a Sammy, mas eu to bem, e agora meus país foram para a Europa para fazerem estudos arqueológicos e vim morar com meus avós.
- Ah que ruim você ter terminado com a Sammy, o que aconteceu?
- Ela me traiu, com o Luke, mas eu to bem.
- Que idiota, que bom que está bem, eu não gostava dela mesmo - eu disse bagunçando o cabelo dele.
- E você o que conta de novidades?
- Bom, eu fiz um amigo, ele chama Guilherme, acho que vocês dois irão se dar muito bem, tem um menino da sala do Fe, o Trip, que me convidou para o baile, acabei de voltar de um "encontro" com ele, ele é legal, até que não é tão ruim essa cidade.
- Você tá bem? Eu sei que já faz algum tempo desde a morte da sua mãe, mas agora que você mudou de cidade, você não está se sentindo sozinha nem nada?
- Não, eu estou bem, o Fe me ajuda muito e fiz ótimos amigos, e agora com você aqui, vai ser melhor, você me ajuda muito.
Ficamos conversando até às onze da noite, pedi para ele dormir na minha casa e ele aceitou, ficamos conversando mais até dormirmos, foi ótimo, no outro dia não tinha aula, então saímos e conversamos mais. Ele era meu melhor amigo e era muito divertido também, me fazia falta e agora iria morar na mesma cidade que eu, não ia ser mais tão ruim.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Virou rotina


É, foi como eu imaginava, virou rotina de novo. Virou rotina ficar olhando pela janela esperando você chegar, virou rotina ficar escrevendo sobre você no meu diário, virou rotina ficar olhando as nossas fotos por mais doloroso que seja pra mim, virou rotina ficar olhando para o céu escuro durante a madrugada e pensando em quanto foi bom em te conhecer e o quanto foi bom o tempo que durou, mas o que mais dói é saber que mesmo que eu olhe pela janela todos os dias, mesmo que eu escreva sobre você, mesmo que eu olhe suas fotos e mesmo que eu lembre de tudo que aconteceu, eu sei que você não vai voltar mais, que você não existe mais, e que eu sinto muito a sua falta, e eu sei principalmente que nada disso acontecerá de novo, não com você.

Confidências


Como vai ser daqui pra frente?
Eu nunca parei para pensar em como vai ser meu futuro. Se eu vou casar, se vou ter filhos, se vou fazer a faculdade que eu quero, o curso que eu quero, se vou ter a casa dos meus sonhos, se vou sair do país, se vou morar em outro país. Eu realmente nunca pensei nisso.
Eu tenho um certo medo do futuro, eu sei que se não for da forma que eu imagino, eu não vou encarar de uma boa forma, não vai ser tão aceitável, não pra mim.
É, pode ser, sim eu tenho medo do futuro, eu tenho medo de algo que eu não vejo (no caso prevejo). Quem não tem medos? Eu tenho, e muitos, e os assumo com orgulho, eles não mudam o meu caráter e nem me diminuem.
Tudo bem, falar de medos é difícil, eu sei, eu não saio falando os meus medos para todos na rua, não medos fúteis (tipo: tenho medo de escuro), mas medos que é difícil de você falar, que mexe com você, eu só falo para amigos, de verdade.
Bom, eu confio em vocês, e falar que eu tenho medo do futuro não é uma coisa comum, então por favor, guardem segredo. E podem confiar em mim também, se quiserem ajuda, escrevam nos comentários ou manda por orkut, ou no twitter (por dm ou não). Podem confiar, eu guardo segredo e posso os ajudar.
Amo vocês e fico muito feliz quando vejo que o blog está crescendo, e isso tudo eu devo agradecer vocês, que são muito importante pra mim, é sério isso.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Elizabethtown - capitulo 3


O Trip era aquele tipo de garoto popular, mas anti social; estiloso, mas largado; bonito, mas que não liga pra nada; aquele por quem 99% das garotas do colégio suspiravam, mas não eu, eu realmente não estava interessada nele, eu não queria namorar com nenhum garoto por enquanto, minhas experiencias de namoros, principalmente com populares, não foram boas.
- Pode falar Trip - eu disse sem olhar pra ele, guardando alguns livros.
- Eu não queria falar aqui, na escola, sabe?
- Tá, tudo bem.
- A gente pode almoçar juntos hoje?
- Claro, só tenho que avisar o meu pai.
- Claro, tudo bem.
Eu pegeui o meu celular e liguei para o meu pai avisando que não almoçaria em casa hoje, iria almoçar com um amigo. Ele disse que tudo bem, mas era para eu voltar antes das cinco da tarde, e que era para eu avisar o Fe.
- Bom, eu só tenho que falar com o Fe.
- Você precisa da permissão dele? - ele falou com uma voz ironica.
- Não, mas eu vou avisá-lo, para ele não ficar me esperando - eu disse estupidamente.
- Tudo bem, me desculpe.
- Não, me desculpe você - eu disse olhando para ele com ressentimento nos olhos.
- Não tem problema, que isso, eu o vi perto da quadra.
- Não precisa, eu mando uma mensagem pra ele - disse pegando o celular novamente e mandando uma mensagem explicativa pro Fernando.
- Tudo bem, então vamos?
- Claro, onde vamos almoçar?
- Aonde você quiser.
- Eu não conheço muito a cidade, então pra mim tanto faz.
- Tá, desculpa, eu esqueci disso.
- Não tem problema algum - disse rindo envergonhada.
O Guilherme passou por mim, e aquele momento ficou em camera lenta, não eu não estava apaixonada por ele, mas fiquei com muita dor no coração com o modo como ele me olhou, uma expressão de decepção, eu acho que tinha haver eu estar saindo com o Trip, eu não o perguntei o que havia acontecido naquela manhã com os dois, ah droga, eu queria fugir naquele momento, apenas quria o abraço da minha mãe, os conselhos dela, queria chorar, tudo estava girando naquela hora. Eu parei, respirei e continuei a andar.
- Você está bem? - perguntou Trip aflito.
- Sim, eu acho que sim.
- Você tem certeza? Eu posso te levar pra casa e outo dia a gente conversa.
- Não, eu estou bem, obrigada pela atenção.
Eu precisava falar com o Guilherme, melhor eu precisava falar com o Fe, como minha mãe fazia falta.
Andamos até o final da rua da escola, onde havia um restaurante super fofo.
- Bom, é aqui - ele disse sorrindo - é pequeno mas a comida é ótima.
- Que bom, estou morrendo de fome - disse e depois rimos juntos.
Começamos a comer, estavamos em silencio e eu estava ficando incomodada com isso, quebrei o silencio.
- Então, o que você queria falar comigo?
- Bom, você é nova aqui e todo ano tem baile, eu sei que ainda é cedo, mas eu queria saber se você quer ir comigo - ele disse com total expressão de vergonha, eu enrrubresci na hora.
- Oh, eu não sei se eu vou no baile, eu posso te dar a resposta depois? - eu disse totalmente envergonhada, afinal era o Trip.
- Claro - ele disse um pouco decepcionado.
- Desculpe.
- Que isso, você ainda não negou.
- É.
- Fala mais sobre você, eu não sei nada sobre você.
- Bom, eu mudei pra cá fazem dois dias, eu moro com meu pai e meu irmão, o meu único amigo aqui na cidade é o Guilherme...
- E sua mãe? Seus pais são separados?
- Minha mãe morreu.
- Meu Deus, me desculpa, eu realmente não quis... desculpa - ele disse segurando nas minha mãos.
- Tudo bem, isso acontece bastante, já me acostumei.
- Desculpe-me mesmo.
- Não tem problema. Me fale de você agora.
- Hum, eu moro com meus pais, nasci aqui, tenho muitos conecidos na escola, amigos mesmo tenho pouquissimos, adoro ir pra cidade vizinha, acho que aqui não tem futuro, já dirijo o carro da minha mãe, toco violão e acho que só.
- Que legal, você sabe tocar violão, adoro.
- Você sabe tocar?
- Não, sou um fracasso, mas um dia aprendo.
- Se quiser posso te ensinar.
- Claro será ótimo.
Ficamos conversando a tarde inteira, depois fomos tomar sorvete, fomos em um gramado e ficamos deitados na grama sem falar nada e quando vi eram cinco da tarde.
- Meu Deus, são cinco da tarde já, tenho que ir!
- Tudo bem, eu te levo pra casa.
- Tá.
Fomos andando sem falar nada, chegamos até a porta da minha casa.
- É aqui, obrigada - eu disse sorrindo.
- Que isso, foi uma tarde ótima, adorei te conhecer.
- Obrigada, eu também gostei de te conhecer.
- Então, até amanhã - disse me dando um beijo de despedida.
- Até amanhã.
Entrei em casa muito feliz, fechei a porta e fiquei sorrindo em frente dela, ele era uma ótima pessoa.
- Duda, você tem visita - disse meu pai - ele está te esperando no seu quarto.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Closer - Perto demais

"- Eu estava procurando cigarros.
- Eu parei de fumar.
- Obrigada. Vai a algum lugar?
- Trabalho.
- Você não gostou dos meus sanduiches?
- Não gosto de peixe.
- Ah, por que não gosta?
- Eles mijam no mar.
- As crianças também.
- Também não como crianças.

...

- Por quanto tempo fiquei apagada?
- Por 10 segundos.
- Qual foi a primeira coisa que eu disse?
- Olá estranho. "





" - Posso continuar te vendo?
- Dan, posso continuar te vendo? Me responde!
- Não. Se te vir, nunca vou te deixar.
- E se eu achar outro?
- Vou ficar com ciúmes.
- Você ainda gosta de mim?
- É claro.
- Está mentindo. Já estive no seu lugar... Me abraça?

- Eu te divirto, mas te canso!
- Não.
- Você me amou?
- Sempre vou te amar. Odeio te magoar.
- E por que está me magoando?
- Porque sou egoísta. Acho que vou ser mais feliz com ela.
- Não vai. Vai sentir a minha falta. Ninguém vai te amar como eu. Por que o amor não basta? Sou eu que sempre termino. Eu é que devia te deixar. "


" - Eu não te amo mais.
- Desde quando?
- Agora. Desde agora. Eu não quero mentir, eu não consigo dizer a verdade. Acabou.
- Não importa, eu te amo.
- Tarde demais. Eu não te amo mais. Adeus. Essa é a verdade, agora você pode me odiar. Ele *fucking on me* a noite toda, eu gostei, prefiro você, agora vá.
- Eu sabia. Ele me contou.
-Você sabia?
- Eu precisava ouvir de você.
- Por que?
- Porque ele poderia estar mentindo.
- Eu nunca te contei porque nunca me perdoaria.
- Poderia. Eu perdoei.
- Por que lhe contou?
- Porque ele é um idiota.
- Como pode?
- Porque queria que isso acontecesse.
- Como pode me testar?
- Porque sou um idiota.
- Sim, é. Poderia ter te amado pra sempre. Agora, por favor vá.
- Não faça isso Alice, fale comigo.
- Eu estou, vai embora.
- Eu sinto muito, por favor entenda, eu não quis...
- Sim, você quis.
- Eu te amo.
- Onde?
- O que?
- Onde, me mostre. Onde está esse amor? Eu não consigo vê-lo, não consigo tocá-lo, não conigo senti-lo, não consigo ouvi-lo, posso ouvir algumas palavras, mas sei que são palavras fáceis. Qualquer coisa que diga é tarde demais.
- Por favor não faça isso.
- Está acabado. Agora, por favor vá ou chamo os seguranças.
- Você não está numa boate, não há seguranças.
- Por que *fuck* com ele?
- Porque eu quis.
- Por que?
- Porque o desejei.
- Por que?
- Porque você não estava lá.
- Por que ele?
- Ele me pediu gentilmente.
- Você é uma mentirosa.
- E daí?
- Quem é você?
- Ninguém.
- Vá em frente, me bata. Não é isso o que quer? Me bata. "


Falas de Alice e Dan no filme Closer Perto Demais.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Elizabethtown - capitulo 2


Ótimo, primeiro dia de aula no meio do semestre e iriamos chegar atrasados.
Chegamos na escola e fomos para a orientação por sermos novos. Entramos na sala e a Livia, orientadora do ensino médio, estava conversando com Guilherme e com um menino que parecia mais velho, supostamente da sala do Fe. Ficamos na sala de espera até que a Sra. Livia abriu a porta e disse:
- Trip, Guilherme, esperem um pouco para levarem os novos alunos a suas salas, que no casa são a de vocês.
- Sim Sra. Livia - disseram ambos.
- Entrem e sentem-se, por favor Sr. e Srta. Lisbon.
Entramos com muita cautala - e morrendo de vontade de rir - e sentamos sem falar nada.
- Aqui estão os horários e as regras, todas terão que ser respeitadas, os horários também.
- Sem problemas Sra. Livia - Fe disse com uma voz espontanea e descontraida.
- Agora vocês podem ir.
- Sim Senhora.
- Trip leve por favor Fernando até a sua sala, vocês vão ser colegas de classe e Guilherme por favor leve a Maria Eduarda até a sua.
Como nossas salas eram no mesmo corredor fomos juntos até o segundo prédio, era uma escola bastante grande por ser de uma cidade pequena, mas também tinha desde o jardim até faculdade, tá isso não interessa.
- Então seu nome é Maria Eduarda - disse Guilherme ao meu lado, falando bem baixo.
- Ah sim, mas por favor me chame de Duda, eu realmente não gosto do meu nome.
- Eu acho legal - disse Trip, eu fiquei assustada porque pensei que ele não tinha ouvido.
- Obrigada.
Pela primeira vez o Fe ficou meio excluido, eu olhei pra ele e ele estava um tanto quanto desolado, mas sorriu pra mim, aquele sorriso me confortou.
- Bom, chegamos a nossa sala - disse Trip ao Fe e sorrindo pra mim.
- A nossa é só no final do corredor, mas se quiser dá pra matar essa aula, é de literatura e dá muito sono.
- Não, é melhor não, e além do mais eu gosto dessa matéria, mas se você quiser matar não tem problema, eu vou até a sala sozinha.
- Não vou deixá-la sozinha até que faça amigos e o primeiro tempo sempre é assustador em novas escolas.
- Eu pensei que você sempre estudara aqui.
- Na verdade, eu não nasci aqui.
- Nossa, temos algo em comum - eu disse rindo baixo constangida.
- É, chegamos, é aqui, te desejo boa sorte - disse me abraçando e me dando um beijo na testa - se quiser posso ser o seu "orientador" até se acostumar, é só falar com a Livia, eu posso te mostrar as coisas aqui.
- Claro, será ótimo.
Entramos na sala, as pessoas foram bem receptivas, sentei-me ao lado do Guilherme, ele estava sendo adorável, um ótimo amigo, o que eu mais precisava naquele momento, mas estava pensando como estava se saindo o Fe, ele estava tão nervoso hoje de manhã e o Trip não falou muito com ele no caminho.
No intervalo, Guilherme me mostrou as coisas, me apresentou à algumas pessoas e me mostrou onde seria o meu armário. Voltei para aula, tinha que aturar apenas mais três aulas para ir embora. Deu o sinal, fui ao meu armário guardar algumas coisas, de repente, ao meu lado Trip se encostou no armário e disse que queria falar comigo, foi um pouco assustador.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Do Inquieto Oceano da Multidão

Do inquieto oceano da multidão
veio a mim uma gota gentilmente
suspirando:

— Eu te amo, há longo tempo
fiz uma extensa caminhada apenas
para te olhar, tocar-te,
pois não podia morrer
sem te olhar uma vez antes,
com o meu temor de perder-te depois.

— Agora nos encontramos e olhamos,
estamos salvos,
retorna em paz ao oceano, meu amor,
também sou parte do oceano, meu amor,
não estamos assim tão separados,
olha a imensa curvatura,
a coesão de tudo tão perfeito!
Quanto a mim e a ti,
separa-nos o mar irresistível
levando-nos algum tempo afastados,
embora não possa afastar-nos sempre:
não fiques impaciente — um breve espaço
e fica certa de que eu saúdo o ar,
a terra e o oceano,
todos os dias ao pôr-do-sol
por tua amada causa, meu amor.

Ó HÍMEN! Ó HIMENEU!

O hímen! O himeneu!
Por que, me atormentas assim?
Por que, me provocas só
durante um breve momento?
Por que é que não continuas?
Por que, perdes logo a força?
Será porque, se durasses
além do breve momento,
logo me matarias
com certeza?

Walt Whitman


*** *** ***

Eu gosto bastante dos poemas de Walt Whitman, o descobri em um filme, ele é muito bom e os poemas tem total significado pra mim.

Espero que vocês etejam melhores do que eu (:

Este poema está tambem aqui: www.lovesummer.tumblr.com

eu criei hoje :D

beeijinhos

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Elizabethtown - capitulo 1


Mudar de casa nunca foi fácil pra mim, quanto mais mudar de cidade, mas aquilo seria melhor para o meu pai, ele tinha sido promovido só que o cargo era em outra cidade, é. Eu tinha amigos, escola, vizinhos e uma vida social naquele lugar, mas seria melhor para o meu pai, para mim e para meu irmão - um anos mais velho, minha mãe morrera há três anos.
Dois dias se passaram e era o dia da mudança. Me despedi dos meus amigos - chorando bastante - e entrei no carro. Meu irmão - Fernando - me abraçou forte e falou que tudo iria dar certo. Na estrada, paramos para almoçar, e como sempre, Fernando, fazia amigos em todos os lugares. Ele foi ao banheiro e começou a conversar com um garoto um ano mais novo do que ele, - 15 anos, mesma idade do que eu - chamava Guilherme, morava na mesma cidade que iriamos morar e ficou amigo do Fe.
Estava muito cansada e queria que tudo aquilo acabasse, queria ir para minha casa, para o meu quarto, da casa antiga, na qual minha mãe morreu, odiava aquela ideia de mudança de vida.
Quando chegamos na casa, ela era maior do que a outra e eu e o Fe iriamos ter um banheiro no quarto para cada um, e as salas eram maiores, lá era maior, mas eu não ligava pra isso.
- Fe, Duda, vocês nã querem ir conhecer a cidade e eu arrumo tudo aqui? - perguntou meu pai querendo nos agradar.
- Tá, pode ser - disse o Fe super ansioso e impolgado.
- Pra mim tanto faz - eu disse sem o menor animo.
O Fe me abraçou e me puxou pra fora.
- Olha aqui Duda, você não pode culpar o pai pela morte da nossa mãe - disse-ma olhando fixamente no olhos enquanto segurava os meu ombros.
- E quem disse que eu to culpando?
- Eu te conheço melhor do que você mesma sua idiota.
- Eu só não quero viver aqui tá bom Fernando? Ele não pediu a nossa opinião pra nos mudarmos pra cá, eu tinha um vida social ótima lá.
- Eu sei, eu também tinha, mas eu não sou uma meniniha mimada de 15 anos.
- Fe, eu não quero brigar com você, eu não sou mimada e eu só quero voltar pra casa.
- Então segue até o final dessa trilha de pedras e abre a porta, agora a nossa casa é aqui Duda.
- Não, vamos conhecer a cidade, eu vou fazer o possivel pra entender isso, só que eu não faço amizades tão fácil quanto você e estamos no meio do semestre.
- Eu te ajudo amor - ele disse com o seu melhor sorriso e me abraçou tão forte a ponto de estralar minhas costas.
Fomos até o centro da cidade, eu tinha um dinheiro guardado e fizemos algumas compras, comemos e tomamos sorvete, ele estava sendo mais paciente e amável do que eu merecia no momento.
Encontramos o Guilherme lá, ele passou o resto da tarde com a gente e perguntou se iriamos estudar na cidade mesmo ou na vizinha.
- Na cidade mesmo - respondi com rapidez.
- Provavelmente você ficará na minha sala... - ele ainda não sabia meu nome.
- Duda.
- Duda, só há dois primeiro ano.
- Ótimo, vai ser bom ter um conhecido na sala - respondi com uma ponta de alegria, afinal ele estava sendo uma pessoa ótima com a gente.
- Viu Duda - Fe falou sorrindo pra mim - você já fez um amigo.
- É - eu disse enrrubrescendo e desviando o olhar do Guilherme.
- Não fique com vergonha Duda, você vai se dar bem lá, as pessoas são bem sociaveis - ele disse levantando meu rosto e sorrindo.
A tarde paasou rápido demais, ficamos muito amigos nós três, e quando deu oito horas da noite meu pai me ligou:
- Duda, onde você está? Vocês estão bem? Se perderam?
- Calma pai, nós apenas perdemos a hora, encontramos o Guilherme, já estamos voltando, tchau.
- Fe, temos que ir, são oito da noite e o pai está tendo uma sincope!
- Vocês constumam ir pra casa que horas? - perguntou Guilherme curioso.
- Não depois das sete.
- Nossa, tem dias que eu fico até as onze da noite e minha mãe nem me liga, aqui é bem tranquilo pra isso.
- Que ótimo, mas nosso pai está preocupado, nos vemos depois - disse o Fe rindo.
- Tchau Fe, tchau Duda, até - ele me deu um beijo no rosto, fiquei envergonhada e fui zuada o caminho pra casa inteiro por isso.

Meu despertador tocou, era o nosso primeiro dia de aula.