domingo, 6 de dezembro de 2009

Elizabethtown - capitulo 3


O Trip era aquele tipo de garoto popular, mas anti social; estiloso, mas largado; bonito, mas que não liga pra nada; aquele por quem 99% das garotas do colégio suspiravam, mas não eu, eu realmente não estava interessada nele, eu não queria namorar com nenhum garoto por enquanto, minhas experiencias de namoros, principalmente com populares, não foram boas.
- Pode falar Trip - eu disse sem olhar pra ele, guardando alguns livros.
- Eu não queria falar aqui, na escola, sabe?
- Tá, tudo bem.
- A gente pode almoçar juntos hoje?
- Claro, só tenho que avisar o meu pai.
- Claro, tudo bem.
Eu pegeui o meu celular e liguei para o meu pai avisando que não almoçaria em casa hoje, iria almoçar com um amigo. Ele disse que tudo bem, mas era para eu voltar antes das cinco da tarde, e que era para eu avisar o Fe.
- Bom, eu só tenho que falar com o Fe.
- Você precisa da permissão dele? - ele falou com uma voz ironica.
- Não, mas eu vou avisá-lo, para ele não ficar me esperando - eu disse estupidamente.
- Tudo bem, me desculpe.
- Não, me desculpe você - eu disse olhando para ele com ressentimento nos olhos.
- Não tem problema, que isso, eu o vi perto da quadra.
- Não precisa, eu mando uma mensagem pra ele - disse pegando o celular novamente e mandando uma mensagem explicativa pro Fernando.
- Tudo bem, então vamos?
- Claro, onde vamos almoçar?
- Aonde você quiser.
- Eu não conheço muito a cidade, então pra mim tanto faz.
- Tá, desculpa, eu esqueci disso.
- Não tem problema algum - disse rindo envergonhada.
O Guilherme passou por mim, e aquele momento ficou em camera lenta, não eu não estava apaixonada por ele, mas fiquei com muita dor no coração com o modo como ele me olhou, uma expressão de decepção, eu acho que tinha haver eu estar saindo com o Trip, eu não o perguntei o que havia acontecido naquela manhã com os dois, ah droga, eu queria fugir naquele momento, apenas quria o abraço da minha mãe, os conselhos dela, queria chorar, tudo estava girando naquela hora. Eu parei, respirei e continuei a andar.
- Você está bem? - perguntou Trip aflito.
- Sim, eu acho que sim.
- Você tem certeza? Eu posso te levar pra casa e outo dia a gente conversa.
- Não, eu estou bem, obrigada pela atenção.
Eu precisava falar com o Guilherme, melhor eu precisava falar com o Fe, como minha mãe fazia falta.
Andamos até o final da rua da escola, onde havia um restaurante super fofo.
- Bom, é aqui - ele disse sorrindo - é pequeno mas a comida é ótima.
- Que bom, estou morrendo de fome - disse e depois rimos juntos.
Começamos a comer, estavamos em silencio e eu estava ficando incomodada com isso, quebrei o silencio.
- Então, o que você queria falar comigo?
- Bom, você é nova aqui e todo ano tem baile, eu sei que ainda é cedo, mas eu queria saber se você quer ir comigo - ele disse com total expressão de vergonha, eu enrrubresci na hora.
- Oh, eu não sei se eu vou no baile, eu posso te dar a resposta depois? - eu disse totalmente envergonhada, afinal era o Trip.
- Claro - ele disse um pouco decepcionado.
- Desculpe.
- Que isso, você ainda não negou.
- É.
- Fala mais sobre você, eu não sei nada sobre você.
- Bom, eu mudei pra cá fazem dois dias, eu moro com meu pai e meu irmão, o meu único amigo aqui na cidade é o Guilherme...
- E sua mãe? Seus pais são separados?
- Minha mãe morreu.
- Meu Deus, me desculpa, eu realmente não quis... desculpa - ele disse segurando nas minha mãos.
- Tudo bem, isso acontece bastante, já me acostumei.
- Desculpe-me mesmo.
- Não tem problema. Me fale de você agora.
- Hum, eu moro com meus pais, nasci aqui, tenho muitos conecidos na escola, amigos mesmo tenho pouquissimos, adoro ir pra cidade vizinha, acho que aqui não tem futuro, já dirijo o carro da minha mãe, toco violão e acho que só.
- Que legal, você sabe tocar violão, adoro.
- Você sabe tocar?
- Não, sou um fracasso, mas um dia aprendo.
- Se quiser posso te ensinar.
- Claro será ótimo.
Ficamos conversando a tarde inteira, depois fomos tomar sorvete, fomos em um gramado e ficamos deitados na grama sem falar nada e quando vi eram cinco da tarde.
- Meu Deus, são cinco da tarde já, tenho que ir!
- Tudo bem, eu te levo pra casa.
- Tá.
Fomos andando sem falar nada, chegamos até a porta da minha casa.
- É aqui, obrigada - eu disse sorrindo.
- Que isso, foi uma tarde ótima, adorei te conhecer.
- Obrigada, eu também gostei de te conhecer.
- Então, até amanhã - disse me dando um beijo de despedida.
- Até amanhã.
Entrei em casa muito feliz, fechei a porta e fiquei sorrindo em frente dela, ele era uma ótima pessoa.
- Duda, você tem visita - disse meu pai - ele está te esperando no seu quarto.

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